Polícia encontrou arsenal típico de guerreiro na casa de adolescente de 19 anos que acertou crianças com tiros de espingarda de chumbinho.
Lucas foi preso por lesão corporal e porte ilegal de arma, pois havia dentro do arsenal um revólver calibre 22 com a numeração raspada. Os policiais também acharam três canivetes, uma máquina de choque, um cassetete, um soco inglês, munições calibre 38 e uma réplica da máscara do personagem Jason, do filme "Sexta-Feira 13".
Quando a polícia entrou no apartamento, Lucas assistia no computador a vídeos relacionados a atiradores, de acordo com o boletim de ocorrência. Seus pais não estavam no local.
Desespero / O que era para ser uma tarde ensolarada de brincadeiras no parque acabou em desespero para as famílias das crianças Danúbia Aparecida de Lima, de 7 anos, Dayara Paz de Lima, de 8, e Marina Rigoni do Nascimento Benedito, de 3.
Dayara foi ferida na perna esquerda; Danúbia, nas costas; e Mariana, no ombro esquerdo. Elas foram socorridas ao Hospital Municipal e não ficaram com sequelas. "Foi uma correria danada. No começo, ninguém sabia de onde vinham os tiros. Depois percebemos o rapaz na sacada", afirmou o vendedor Marcelo Albuquerque, de 34 anos, assíduo do Parque Ipiranguinha.
A delegada Vivian Maria de Paiva Netto, que prendeu Lucas em flagrante, descreveu que o estudante sofria de "ataques". Lucas teria depressão e tomaria com frequência antidepressivos. Os pais do estudante são médicos e não quiseram dar declarações sobre o caso. O advogado de Lucas, Felipe Augusto de Oliveira Vibian, não confirmou quais seriam os problemas psicológicos de Lucas.
"Ele praticava um esporte chamado airsoft e atirava contra uma construção ao lado do parque. Não tinha intenção de ferir ninguém", defendeu.
A reportagem, porém, esteve no parque e constatou que a obra mais próxima está a pelo menos 100 metros do chafariz onde as crianças foram feridas.
'Ele viu as crianças e sabia o que estava fazendo'
A pequena Marina Rigoni do Nascimento Benedito, de apenas 3 anos, só queria brincar na água do chafariz localizado dentro do Parque Ipiranguinha. Afinal, estava muito calor nesta quinta-feira à tarde.
"De repente, ela virou para mim e disse que tinha levado uma picada de abelha nas costas. Quando vi, havia uma mancha grande de sangue. Fiquei desesperado", afirmou o pai da menina, o montador de móveis Marcos Antônio Benedito, de 40 anos.
A família mora no Jardim Santo André. A mãe de Marina, Rosemeire Rigoni, de 44 anos, trabalha como recepcionista perto do parque. "A gente estava esperando ela sair do trabalho e aconteceu tudo isso. Esse rapaz viu as crianças no chafariz da sacada do prédio e sabia o que estava fazendo", afirmou o montador.
"Na delegacia, ele teve um surto e começou a gritar bastante. Acho que ele sofre de algum problema mental. Só pode ser isso", afirmou a mãe de Marina.
Armas impressionam pela quantidade e variedade
As armas encontradas no apartamento do atirador, na Vila Assunção, impressionam pela quantidade e variedade. Além das armas brancas, havia muito armamento de brinquedo.
Ao ser visto, adolescente se escondeu, disse avô
Avô de Dayara e Danúbia, Dojival de Lima declarou à TV Record que chegou a ver o estudante na sacada do apartamento enquanto atirava. "Ele disparava a arma e se escondia."
FONTE: DIÁRIO DE SP.
http://www.diariosp.com.br/_conteudo/2011/06/97547-atirador+de+criancas+tinha+lanca+espada+e+ate+machado.html
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