terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rio de Janeiro. "13 PRESOS".

08/11/2011. ENVIE SUA DENÚNCIA PARA: brasilurgente1@hotmail.com.br


13 presos em ação contra corrupção em carceragens no RJ.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro infomou, na tarde desta terça-feira (8), que 13 pessoas foram presas durante uma operação para desarticular um esquema de corrupçãoem carceragens da Polinter no estado. Segundo a secretaria, a ação terminou por volta das 16h30. Não houve confrontos.

Entre os crimes investigados estão a cobrança de propina para visitas e a transferência de presos.
De acordo com a Secretaria de Segurança, três mandados de prisão não foram cumpridos.

A Operação Faraó foi uma ação da Corregedoria Geral Unificada (CGU) com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a Corregedoria Interna da Polícia Civil. Os agentes contaram com o apoio da Subsecretaria de Inteligência (SSSINT) e do Grupo de Apoio Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE).

Em nota, o Ministério Público informou que 16 pessoas foram denunciadas. O grupo é acusado por diversos crimes, entre eles o de quadrilha armada, concussão, prevaricação, usurpação de função pública e facilitação de acesso a aparelho telefônico a presos da carceragem daPolinter de Nova Friburgo, na Região Serrana do estado, já desativada.
De acordo com o MP-RJ, entre os denunciados estão quatro presos suspeitos de arrecadar dinheiro de outros detentos e familiares, além de cuidar do cotidiano administrativo da unidade prisional, o que lhes garantia, inclusive, gozar de regalias na prisão como o acesso a telefones e liberdade para sair nos finais de semana, sem justificativa.
A investigação teve por base prova testemunhal e conversas telefônicas captadas com autorização da Justiça, que flagraram diálogos entre os membros da quadrilha, descrevendo as práticas criminosas em curso até outubro deste ano. Segundo a denúncia, os suspeitos detinham o controle sobre as transferências dos presos para outras unidades prisionais.
Segundo o promotor, o esquema de corrupção cobrava R$ 10 por hora de visita a um preso e de R$ 1.500 a R$ 3 mil em relação às transferências. As investigações começaram há oito meses a partir de denúncias de parentes de presos.Cobrança de taxas
Mais cedo, o promotor Décio Alonso Gomes, que participou das investigações que resultaram na operação, disse que a carceragem da Polinter de Nova Friburgo estava controlada pelo esquema de corrupção que envolvia presos e policiais. Eles cobravam taxas para permitir visitas, visitas íntimas, e para impedir ou permitir transferência de presos.
O promotor disse ainda que os presos saíam da carceragem para várias atividades. Um dos presos nesta manhã chegou a sair da Polinter de Nova Friburgo para fazer um assalto do tipo saidinha de banco no Leblon, na Zona Sul do Rio.
Preso saía para comer bolinho de bacalhau e beber chope
"Não é à toa que, numa gravação de agosto passado, um dos presos da operação dizia que a Polinter de Nova Friburgo era um spa", disse o promotor. Segundo ele, preso saía da cargeragem para comer bolinhos de bacalhau e beber chope.
Entre os 16 mandados de prisão preventiva estão os de nove policiais civis. Entre os 13 presos, há um delegado do Núcleo de Controle de Presos (Nucop), dois policiais civis, dois presos em liberdade condicional e uma funcionária terceirizada da Polícia Civil. Alguns suspeitos de atuar na quadrilha já estão presos por outros crimes.

Todos os envolvidos serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, usurpação de função pública e prevaricação. Alguns envolvidos também serão acusados do crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público no exercício da função), informou a Secretaria.
Os agentes também cumpriram 16 mandados de busca e apreensão.
FONTE: G1.COM.BR/RIODEJANEIRO

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