terça-feira, 6 de março de 2012

Mesmo com escolta, caminhão resiste em deixar distribuidora, diz PM

 FONTE: G1.COM.BR/SAO-PAULO/



Gabinete de gerenciamento de crise se reúne em SP (Foto: Luciana Bonadio/G1)Gabinete de gerenciamento de crise se reúne em SP (Foto: Luciana Bonadio/G1)
A Polícia Militar realizou seis escoltas de caminhões-tanque carregados com combustível até as 16h30 desta terça-feira (6) para garantir o abastecimento de serviços essenciais durante o protesto por causa das restrições de circulação de caminhões na Marginal Tietê, iniciadas nesta segunda-feira (5).
O gabinete de gerenciamento de crise foi acionado para monitorar a situação e coordenar essas escoltas. Segundo o major Marcel Soffner, porta-voz da PM, mesmo com a garantia de escoltas há a resistência dos proprietários de caminhões em deixar os pátios das distribuidoras.
Até o fim da tarde, cinco escoltas haviam saído de um centro de distribuição na Avenida Presidente Wilson para os seguintes destinos: Mauá e Suzano (para serviços essenciais das prefeituras); Sapopemba (para o serviço de coleta de lixo); Praça Alberto Lions (para bomba de abastecimento da CET); Bom Retiro (para uma bomba de abastecimento da Prefeitura de São Paulo). A sexta escolta saiu por volta das 16h30 de Paulínia, no interior de São Paulo, com três caminhões-tanque para o abastecimento do Aeroporto de Congonhas. Outros três caminhões sairão do mesmo município à noite, para garantir a necessidade diária do aeroporto.
O porta-voz da PM disse que é “muito pouco”. O major Soffner afirmou, durante entrevista coletiva na sede do Comando de Policiamento da capital paulista, que alguns proprietários de caminhões temem deixar os centros de distribuição. “Desde a parte da manhã, houve resistência dos proprietários de caminhões”, disse. Segundo ele, a prioridade das escoltas são os serviços essenciais, como bombeiros e polícia, além do transporte rodoviário e aeroviário. Mas existe a possibilidade de escoltas para garantir o abastecimento de postos também.
Participam do gabinete de gerencimento de crise representantes do Comando do Policiamento da capital, do policiamento rodoviário estadual e federal, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), da SPTrans e do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).
Eles iniciaram a reunião às 8h desta terça-feira. Segundo a PM, é o sindicato que dá as coordenadas sobre quais as necessidades de escoltas para os serviços essenciais. “Nosso foco é justamente dar garantias para que o combustível chegue onde deve chegar. Se há vontade de trabalhar, vamos garantir que haja condições para isso”, disse Soffner.
Ele disse que helicópteros da PM sobrevoaram os centros de distribuição de combustíveis na capital paulista e na Grande São Paulo e verificaram que os caminhões não deixaram os pátios. “Há uma resistência por parte dos proprietários de saírem mesmo com escolta policial. O produto existe, as máquinas estão prontas, mas os caminhões não saem da base de distribuição”, afirmou. Ele pediu à população que faça denúncias sobre eventuais ameaças contra os proprietários dos caminhões pelo telefone 190. O major não descartou o uso de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça caso haja alguma informação concreta sobre ameaças.
Filas são formadas em postos de combustíveis (Foto: Cristiano Novais/CPN/AE)Filas são formadas em postos de combustíveis (Foto: Cristiano Novais/CPN/AE)

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