quarta-feira, 25 de abril de 2012

Busca manual no Twitter e Facebook é arma policial em SP contra torcidas


No Decradi, imagem de torcedor monitorado em tela de computador usado em rastreamento (Foto: Kléber Tomaz/G1)Polícia Civil admite 'ponto cego' e tem dez agentes para vigiar torcedores.
Militar conta que faz teste de software para monitorar tags nas redes sociais.
 
O campo de busca no Twitter e no Facebook ainda são as armas básicas das polícias Civil e Militar para identificar possíveis confrontos marcados por torcidas organizadas em São Paulo. Além das pesquisas manuais nos próprios sites, cada polícia conta com estratégia particular e um tipo de banco de dados próprio para monitorar torcedores envolvidos em crimes no estado.

Em 25 de março, corintianos e palmeirenses usaram o Twitter para agendar uma briga na Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte. Dois palmeirenses morreram no conflito, supostamente em ação marcada para vingar a morte de um corintiano ocorrida em 2011. Doze pessoas estão presas suspeitas de envolvimento nesses três homicídios

Os policiais civis e militares não haviam detectado nenhuma mensagem sobre essa briga e foram surpreendidos. A delegada Margarette Barreto, que coordenou a Decradi até o dia 4 de abril, afirmou que a delegacia ainda não dispunha de equipamento e pessoal para rastrear toda a rede mundial de computadores. "Para melhorar esse monitoramento é preciso mais pessoas infiltradas nas torcidas e mais equipamentos. Só assim vamos diminuir esse ponto cego”, afirmou Margarette Barreto antes de tirar licença.

O coronel Alvaro Camilo, que comandou a Polícia Militar de São Paulo, até o início deste mês, também havia dito em entrevista coletiva no fim de março que as redes sociais são monitoradas constantemente. “[Mas] nem sempre você pega tudo”, afirmou. Apesar disso, ele considerou que não houve falhas da PM no monitoramento.

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