quarta-feira, 18 de abril de 2012

SP entra na Justiça para retirar antenas de celular irregulares




A Procuradoria Geral do Município de São Paulo quer que as operadoras de telefonia celular retirem cerca de 2 mil antenas de transmissão. A Prefeitura alega que os equipamentos não têm licença de funcionamento e que foram instalados irregularmente em locais considerados inadequados como, por exemplo, perto de escolas e hospitais, como mostrou o Bom Dia Brasil desta quarta-feira (18).
A Prefeitura acionou na Justiça três empresas - Vivo, Claro e Oi. De acordo com o município, a Vivo tem 539 antenas na capital irregulares. A Claro tem 749, e a Oi 710.
“As antenas de telefonia celular emitem radiações. Então, a nossa preocupação é ao mesmo tempo tentar conciliar a preservação da saúde pública, das pessoas que estão no entorno dessas antenas, assim como também não prejudicar o usuário que se utiliza desse sinal para usar seu telefone celular”, afirma a assistente jurídica da Procuradoria Geral do Município, Liliana Marçal.
Para o professor e engenheiro em elétrica e eletrônica Eduardo Victor dos Santos Pousada, do Instituto Mauá, não há restrição de local para instalar uma antena, e não há motivo para se preocupar com interferência ou com a saúde, desde que o equipamento esteja instalado corretamente.
“O nome ‘radiação’ assusta. Mas radiação é simplesmente a designação de emissão de onda eletromagnética. Não há no momento evidências disso [risco à saúde]. Eu falo em caráter mundial, inclusive de acordo com a OMS [Organização Mundial da Saúde]. Não há nenhuma evidencia de que a interferência eletromagnética e as ondas eletromagnéticas provoquem câncer, desde que estejam dentro dos parâmetros”, explica o professor.
Algumas pesquisas dizem que morar perto de antenas de celular aumenta os riscos de desenvolver um câncer. Entretanto, elas são contestadas por outros especialistas. Eles afirmam que essas pesquisas não são conclusivas porque não isolam outros fatores ambientais, como a alimentação.

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