sábado, 29 de setembro de 2012

Rota tem presença maciça em enterro de PM na Grande SP



O enterro de André Peres de Carvalho, 40, primeiro soldado da Rota morto por criminosos ao menos desde 1999, ontem em Santa Isabel (Grande São Paulo), teve a presença maciça de policia
is e líderes do grupo de elite da Polícia Militar paulista.

Carvalho foi assassinado anteontem com três tiros de fuzil quando saía de sua casa no Butantã (zona oeste).

O enterro reuniu ao menos 40 policiais militares, 15 carros da Rota, o tenente-coronel Paulo Telhada --que chefiou o grupo da PM até o ano passado-- e o atual comandante, tenente-coronel Nivaldo César Restivo, que assumiu o cargo esta semana.

"O sentimento de todos é de perda, de alguém que lutava para defender as pessoas e que fazia o trabalho que cada um desses policiais faz todo dia", disse Restivo.

Não houve declarações de vingança ou retaliação por parte dos PMs, mas de empenho na prisão dos autores.

Telhada, que é candidato a vereador em São Paulo pelo PSDB, não deu entrevista, mas postou anteontem em sua página no Facebook que "o genocídio de PM continua". "Estamos à beira de uma guerra civil", afirmou.

Carvalho estava na PM havia 20 anos, 10 deles na Rota. Trabalhava em serviços internos desde 2009, porque se recuperava de um acidente de carro. Tinha um filho de 11 anos, que vive com a mãe.

Era o único policial de uma família de barbeiros --o pai, o irmão, dois tios e dois primos seguem o ofício. A família diz que se preocupava com os riscos da profissão dele.

"Na noite anterior, ele conversou com minha mãe e ela disse para ele tomar cuidado. Mas, se ele sofria ameaças, a gente nunca ficou sabendo", afirma Daniel de Carvalho, 32, irmão do policial.

** VIGÍLIA ** 





Um grande contingente de policiais permaneceu a noite toda no velório, que começou anteontem e estava lotado.
A Polícia Militar diz que os indícios apontam para uma execução, mas descarta a possibilidade de vingança em razão de alguma operação da qual Carvalho tenha participado.

"A última ação [ostensiva] que ele fez foi em 2009, não teria uma represália daquela época ainda. Não temos ciência [de quem são os culpados], mas não tenho dúvidas de que serão identificados e serão presos", disse Restivo.

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e a Corregedoria da Polícia Militar apuram o caso.







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