terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sem-teto encerram manifestação e pistas da Régis são liberadas



Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) decidiram encerrar a manifestação e deixaram as pistas da Rodovia Régis Bittencourt, por volta das 19h30 desta ter
ça-feira (4). Os bombeiros então puderam apagar o fogo ateado em pneus e madeira. De acordo com a concessionária Autopista Régis, as pistas foram totalmente liberadas para o tráfego às 19h45 desta terça. No horário havia 11 quilômetros de filas sentido São Paulo, de acordo com a empresa que administra a estrada. No sentido inverso, de Curitiba, o congestionamento se estendia por seis quilômetros.

Centenas de manifestantes do MTST tinham bloqueado totalmente a rodovia por volta das 17h10, na altura do km 279, em Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo. Pouco depois, a Polícia Militar chegou ao local e começou a negociar com os manifestantes a liberação da via, enquanto que os bombeiros estavam de prontidão para apagar o fogo provocado pelos manifestantes.

A assessoria da CCR Rodoanel informou que, como reflexo do protesto, ainda havia longo trecho de lentidão da pista sentido litoral, do km 16 ao 29, no horário.
De acordo com os organizadores, o ato ocorreu devido à demora no cumprimento dos compromissos firmados pelo governo estadual em relação à ocupação da área denominada Novo Pinheirinho no município, além da concessão de auxílio-aluguel e desmembramento de terreno da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) para viabilizar projeto habitacional.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Habitação e a CDHU informaram que a área de Embu das Artes, invadida em abril deste ano, pertence à CDHU e está destinada à construção de 1.300 moradias populares. Segundo o órgão, o projeto está pronto, mas “a CDHU está impedida de executá-lo em razão de decisão judicial que atendeu ao pedido do movimento ambientalista Pró-Parque Ecológico, Cultura e Lazer do Pirajussara”. A CDHU diz que já recorreu da decisão.

A Secretaria de Estado da Habitação e a Prefeitura de Embu informaram ainda que apresentaram aos líderes dos sem-teto proposta de atender 400 famílias com auxílio-moradia, o que teria sido recusado pelos manifestantes. “Não obstante, a Secretaria da Habitação já assegurou aos familiares quatro áreas para a construção de moradias: duas em Taboão da Serra e mais duas em Itapecerica da Serra”, completou a nota

Os integrantes do MTST exigem ainda o início imediato das obras do empreendimento João Candido, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, que deverá atender 896 famílias do MTST.






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